A descarga direta para os locais públicos

Março 2014

A descarga direta, projetada para os locais públicos

As múltiplas vantagens da descarga direta faz com que seja o sistema ideal para equipar as casas de banho dos espaços de utilização pública. Remarcando estes pontos fortes, que são atualmente incentivados pela revisão do DTU 60.11.

Reservas sobre os autoclismos

Os autoclismos resistem de forma deficitária à utilização em locais públicos: integram peças plásticas, o seu mecanismo tem uma frequência de utilização intensiva e por vezes de uma manipulação de forma menos própria.
Do ponto de vista higiénico, as sanitas equipadas com autoclismo que não são utilizadas por vários dias representam um risco. A água estagnada à temperatura ambiente propicia o desenvolvimento de bactérias, que podem ser vaporizadas aquando da descarga.
A acumulação de impurezas e de calcário nos autoclismos acaba por deteriorar as juntas de estanquidade e cria com frequência pequenas fugas de água, difíceis de reparar. Os reservatórios são assim os primeiros postos de desperdício de água nos sanitários : 20 a 43% das águas domésticas utilizadas.
Num elevado número de postos a sua manutenção é muito elevada. A desmontagem e acesso ao mecanismo é bastante difícil em modelos encastrados e as intervenções podem ser numerosas, e para mais que a tendência geral é a de haver cada vez menos pessoal dedicado à manutenção.

Os ativos da descarga direta

As torneiras com descarga direta foram criadas para responder aos constrangimentos dos sanitários públicos com elevada frequência de utilização. O seu mecanismo e comando antichoque em latão maciço resistem à utilização intensiva e ao vandalismo. Mais oneroso que um sistema que inclua peças plásticas demonstra ser mais económico a prazo, graças a uma manutenção reduzida e à economia de água realizadas.
A manutenção, limitada à substituição de um cartucho, é facilitada pelo acesso direto ao mecanismo, sem desmontar o corpo da torneira.
A conceção das torneiras com descarga direta reduz os riscos de fugas. Uma fuga não detetada num autoclismo pode provocar uma perda de 220 m³/ano, ou seja um total de € 605,00/ano por sanita (a € 2,75 m³ de água fria).

O sistema de descarga direta permite descargas sucessivas, ou seja, está disponível para utilização imediata por utilizadores consecutivos. Para além deste facto, a pressão da canalização é uma aliada na potência de descarga traduzindo-se em eficácia com uma só descarga.
Para melhor otimização do consumo de água, a descarga direta está disponível na versão de descarga simples 6l e em versão de descarga dupla de 3 ou 6 l.
Para além da robustez do material e da economia de água, os arquitetos e prescritores apreciam o aspeto compacto do sistema com descarga direta (sem necessidade de prever espaço para o autoclismo). Interessam-se ainda pelo design, um critério importante na construção terciária e tido em consideração nos estudos dos produtos.

Os “adicionais” para o conforto

A higiene é sem contestação, o primeiro critério de qualidade nos sanitários dos espaços públicos. A higiene dos ramais de água é garantida pela ausência de água estagnada. Quanto ao utilizador, este aprecia uma torneira eletrónica que evite qualquer contacto físico com o comando de descarga.
Em edifícios hoteleiros, de saúde ou escritórios, uma descarga curta de 7 segundos, sem tempo de enchimento, é um adicional para o conforto sonoro dos utilizadores.

Uma questão de diâmetros

Num quadro de renovação simples, uma sanita com autoclismo não pode ser substituída por um sistema de descarga direta. É então primordial, para além da prescrição, de refletir sobre a intensidade de utilização, a eficácia e os aspetos antivandalismo.
Efetivamente, o diâmetro útil para a canalização de saída de água (3/4”) difere daquele associado a um autoclismo (1/2”). A descarga direta está assim reservada às novas edificações ou às renovações mais completas.
No que diz respeito às canalizações de alimentação de água, na recente revisão do DTU 60.11 confirma um cálculo diferente para os autoclismos (ver ZOOM DTU). Define diâmetros das canalizações para sanitas com descarga direta próximas dos obtidos para sanitas com autoclismos.

Os produtos ad hoc

A DELABIE dedica-se há mais de 30 anos ao desenvolvimento do sistema de descarga direta para espaços de utilização pública.

Para além dos “clássicos” da marca, duas novidades completam a gama deste ano. O TEMPOFLUX 2 em estrutura de suporte que se adapta aos painéis semi-espessos e espessos. São equipados com descarga dupla de 3/6 l e integram torneira de segurança que otimiza a regulação de débito para melhor adaptação a sanitas de criança ou às diferentes pressões dos ramais.
TEMPOFLUX 2 TC (através da parede) dispõe igualmente de descarga dupla, sendo o único material deste tipo disponível no mercado até à data, é particularmente adaptado aos estabelecimentos penitenciários ou de saúde. A sua manutenção é simples e efetua-se pela parte posterior da parede, fora das zonas de utilização.